Gás de cozinha de 13 quilos, utilizado amplamente em diversas residências de Mato Grosso do Sul, sofreu um aumento de 20%

O aumento de 20% no preço do botijão de gás de cozinha de 13 kg em Mato Grosso do Sul, que pode chegar a R$ 150,00, está diretamente relacionado às mudanças na política de precificação da Petrobras, implementadas desde novembro de 2024. Esse ajuste mensal por meio de leilões tem impactado os custos das distribuidoras e, consequentemente, o preço final para o consumidor.

No contexto do governo Lula, a política energética e de preços dos combustíveis tem sido alvo de debates e críticas. O governo federal tem buscado equilibrar a necessidade de manter a Petrobras financeiramente saudável com a pressão para evitar aumentos abusivos que afetem diretamente o custo de vida da população. No entanto, a adoção de leilões para ajustes mensais de preços tem sido apontada como um dos fatores que contribuíram para a alta recente no valor do gás de cozinha.

Além disso, o governo Lula tem enfrentado desafios para conciliar a política de preços da Petrobras com programas sociais, como o Vale Gás, que visa auxiliar famílias de baixa renda no custeio do botijão de gás. O aumento do preço do gás de cozinha pode pressionar ainda mais a demanda por esse tipo de auxílio, especialmente em estados como Mato Grosso do Sul, onde o impacto é sentido de forma mais intensa.

Vilson de Lima, presidente da Simpergasc-MS, destacou que a mudança no modelo de precificação da Petrobras é a principal causa do reajuste. Ele também ressaltou que outros fatores, como custos de logística e tributos, contribuem para o aumento. A alta no preço do gás de cozinha afeta diretamente o orçamento das famílias, especialmente as mais vulneráveis, que já enfrentam dificuldades com a inflação de outros produtos essenciais.

O governo federal tem sido pressionado a rever a política de preços da Petrobras e a adotar medidas para mitigar os impactos desses aumentos, como a redução de tributos sobre o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) ou a ampliação do alcance de programas sociais. Enquanto isso, a população de Mato Grosso do Sul e de outros estados brasileiros segue enfrentando os efeitos do encarecimento do gás de cozinha, um item essencial no dia a dia.