Fracasso na economia, alta da inflação e promessas não cumpridas colocam presidente na berlinda entre campo-grandenses
- Redação
- há 4 dias
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atravessa um de seus momentos mais delicados em Campo Grande. Conforme levantamento do Instituto Ranking Brasil Inteligência, realizado entre os dias 26 e 31 de março, a desaprovação do presidente atinge 73% entre os eleitores da capital sul-mato-grossense, restando apenas 24% de aprovação. Outros 3% não souberam ou preferiram não opinar.
Mais do que um retrato isolado, os números em Campo Grande reforçam uma tendência nacional de desgaste. Pesquisa Genial/Quaest, divulgada em abril, já apontava que a rejeição ao governo federal alcançou 56% em todo o país — o pior índice registrado nos três mandatos de Lula — com viés de alta.
A insatisfação popular tem motivos claros. A economia patina, e a inflação continua afetando diretamente o bolso da população. O aumento no preço dos alimentos, combustíveis e serviços essenciais tem deteriorado o poder de compra das famílias, enquanto a desvalorização do real torna o cenário ainda mais desafiador. Soma-se a isso a frustração com promessas de campanha que, até agora, não se concretizaram.
Em Campo Grande, a crise de confiança é mais evidente. A cidade, que já deu forte apoio ao presidente em mandatos anteriores, hoje expressa um cansaço generalizado com a gestão federal. Medidas impopulares, disputas internas no governo e uma articulação política instável aprofundam a percepção de que o Planalto está distante das reais necessidades da população.
A mudança no humor do eleitorado campo-grandense é significativa. Lula, que já foi símbolo de esperança para muitos, hoje enfrenta o desafio de reconquistar um eleitorado que se sente abandonado. A rejeição superior a sete em cada dez eleitores na capital do Mato Grosso do Sul liga um sinal de alerta no PT e no próprio presidente.
Com o cenário político cada vez mais pressionado por resultados e a popularidade em queda, a grande questão que paira no ar é: conseguirá Lula reverter esse cenário a tempo, ou a crise de confiança já caminha para se tornar irreversível?
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