Brasileiros relatam dificuldade de registrar CORONAVAC no sistema de Portugal
Vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, coordenador da força tarefa da vacinação em PortugalVice-almirante Henrique Gouveia e Melo, coordenador da força tarefa da vacinação em Portugal | Patrícia de Melo Moreira/AFP
Um casal de brasileiros vacinado com CoronaVac, que chegou este ano em Portugal, encontra dificuldades de certificar a imunização no Sistema Nacional de Saúde (SNS).
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A CoronaVac foi aprovada para uso emergencial pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas não é reconhecida pela Agência Europeia de Medicamento (EMA). O sistema português segue as determinações sanitárias da União Europeia (UE).
Isto seria um ponto a corrigir no prosseguimento da campanha de vacinação, tanto para brasileiros quanto para portugueses imunizados com as doses da vacina com origem chinesa, fabricada em São Paulo pelo Instituto Butantan e aplicada em massa no Brasil.
O governo de Portugal anunciou que a população acima de 65 anos receberá a terceira dose a partir de 11 de outubro. A taxa de vacinação total ronda os 84%.
Brasileiro com cidadania portuguesa, o carioca Maurício Aquino relata ter chegado em Portugal em junho, após ter sido imunizado com a CoronaVac no Brasil. Com 70 anos, ele questiona como deverá proceder diante da terceira dose.
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Aquino conta que recebeu mensagens da Direção Geral da Saúde (DGS) e foi, em setembro, ao posto de saúde onde ele e a mulher estão registrados. Diz que ninguém sabia como agir para certificar as doses do casal.
— Fomos ao posto de saúde da Miguel Bombarda, no Porto, onde estamos inscritos, e ninguém sabia como registramos CoronaVac, já que o sistema não permite e não sabiam como proceder. Recebemos inúmeras mensagens da DGS dizendo hora e local para nos vacinarmos (na fase anterior à terceira dose). Não fomos porque ninguém sabe como proceder — escreveu Aquino em e-mail enviado à coluna, completando que no seu voo havia muitos idosos:
— É um caso que deve se repetir com inúmeros portugueses que ficaram retidos no Brasil e se vacinaram com Coronavac, principalmente idosos.
O Portugal Giro enviou e-mails, como é recomendado, às assessorias de imprensa da DGS e do Ministério da Saúde no dia 24 de setembro e ainda não obteve respostas. Também remeteu questões à força-tarefa da campanha de vacinação antes de o governo anunciar sua extinção. As respostas serão incluídas se chegarem.
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